Por tantas vezes m’alma adoeceu
De mágoas e desilusões que nela guardei
Juntei sentimentos mal resolvidos
E como entulhos os depositei
Guardar tudo à sete chaves
Parecia ser uma boa opção
Colocava a máscara do contentamento
Em minha face
Para ninguém ver o descontentamento
Do meu coração
Como poderia viver assim
Sendo prisioneira do meu próprio “eu”?
Criando atalhos para andar em um caminho
Que eu sabia, não era o meu!
Demorei a entender
Até que um dia
Ouvi Deus comigo falar
Que para m’alma viver
Eu precisava me esvaziar
Esvaziar-me das vaidades
Dos sentimentos maus
De tudo isso que eu nunca quis
E então, fechei a porta da ignorância
Apaguei as tristezas da minha lembrança
E hoje, sou feliz!